Blog de Andréa Faria

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segunda-feira, 30 de abril de 2007

Nota de Leitura: Educação inovadora na Sociedade da Informação. José Moran

O artigo analisa e discute o processo a incorporação de atividades virtuais em cursos presenciais, e os benefícios dessa união. Discute também como os movimentos de educação presencial e a distância, um em relação ao outro, tendem a se acelerar, impulsionados pelos bons resultados que trazem. Penso que o ideal seria a convergência entre educação a distância e educação convencional, rumo a um novo tipo de educação, que integraria o potencial de aproximação oferecido pelas novas tecnologias interativas ao melhor da educação tradicional. Essa aproximação já ocorre no Brasil, com arquiteturas onde o presencial e o virtual se misturam em função dos objetivos e perfis de alunos e instituições. A comunidade de EaD já descobriu há tempos a importância das atividades presenciais. Os indicadores de qualidade para cursos de graduação do MEC (Brasil, 2000), por exemplo, estabelecem que “Sempre que necessário, os cursos de graduação a distância devem prever momentos presenciais. Sua freqüência deve ser determinada pela natureza da área do curso oferecido. O encontro presencial no início do processo, é importante para que os alunos conheçam professores, técnicos de apoio e seus colegas, facilitando, assim, contatos futuros a distância.”. Sete anos após, pode-se afirmar que o momento parece ser de descobertas e investimentos no sentido contrário. A educação tradicional tem muito a ganhar com os recursos e técnicas de educação virtual e de interação. Há, no entanto, problemas e desafios tais como:a cultura organizacional, a gestão do processo, o novo papel do professor e do aluno e a questão da avaliação. Conforme Moran, “Os problemas também serão gigantescos, porque não temos experiência consolidada de gerenciar pessoas individualmente e em grupo, simultaneamente, a distância. As estruturas organizativas e currículos terão que ser muito mais flexíveis e criativos, o que não parece uma tarefa fácil de realizar". Ainda assim, alerta para o fato de que “O processo de mudança na educação não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora”.

Um comentário:

Sergio Batista disse...

Trabalho há pouco tempo na educação e venho acompanhando suas brilhantes colocações a respeito do conteúdo das disiplinas, o que tem contribuido muito para o meu entendimento nessa área. Um dos nossos objetivos é a construção de conhecimentos e você vem construindo muito bem.
Um forte abraço.